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"O senhor é o meu Pastor e nada me faltará" Rei Davi

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Leitura



POR UMA PEDAGOGIA DA LEITURA – reflexões sobre a formação do leitor. IN: Práticas de letramento no ensino - leitura escrita e discurso. Organização Djane Antonnuci Correa e Pascoalina Bailon de Oliveira Saleh. São Paulo: Parábola Editorial; Ponta Grossa, PR: UFPG, 2007.
Não podemos negar que a leitura necessita de uma pedagogia que deve interessar toda a escola. Não apenas os professores dos Anos Iniciais e Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e Médio. Segundo Saveli “falta na escola um projeto político-pedagógico que tenha a LEITURA como um dos eixos norteadores de uma prática pedagógica interdisciplinar”.
Segundo a autora, as pesquisas e discussões acadêmicas sobre a leitura na escola vêm ganhando campo, mas as práticas de leitura desenvolvidas na sala de aula, não têm acompanhado esse ritmo. A escola não está conseguindo colocar essas pesquisas em prática na sala de aula.  Para a autora o distanciamento entre o discurso teórico e as práticas pedagógicas é revelado pelas práticas escolares consideradas ultrapassadas pelo discurso acadêmico. As práticas de leitura com base na concepção estruturalista de linguagem resultam em “muita soletração e pouca leitura”. Essa situação tem muitas causas: formação precária dos professores, falta de ousadia da escola e desconfiança das propostas pedagógicas que refutam atividades mecanicistas, importância dada ao livro didático em detrimento à diversidade textual, dificuldade de transpor para a prática a produção acadêmica, inexistência de estudo do conjunto de condições nas quais se desenvolve o trabalho com a leitura na escola, falta de um projeto político – pedagógico que tenha a LEITURA como um dos eixos norteadores de uma prática pedagógica interdisciplinar. Nossa primeira barreira a transpor é a ideia de que o ato de ler vai além da decodificação. Ao contrário, a linguagem escrita é um instrumento do pensamento reflexivo. A escrita também não é transcrição do oral. Segundo Saveli “a escrita é um meio de construir um ponto de vista, uma visão de mundo [...] de estabelecer um sistema, de dar um sentido às coisas”. A escola deve conscientizar-se da verdadeira natureza da leitura e as condições imprescindíveis para o seu aprendizado. Para a autora ler é reescrever o que estamos lendo. A leitura compreende uma operação complexa que exige a percepção de relações entre o texto, o contexto do autor e do leitor. Acreditamos que o modo como a leitura é desenvolvida na escola precisar ser repensado para que sua prática seja não apenas um instrumento de aprendizagem em todas as áreas do conhecimento, mas também um recurso para a conquista de cidadania para nossos alunos. Leia o texto na íntegra, que vale a pena, certamente sua visão sobre leitura se ampliará.  

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ensino da letra cursiva para crianças em alfabetização divide a opinião de educadores

Por HÉLIO SCHWARTSMAN
Articulista da Folha

Deve-se ou não exigir que as crianças escrevam com letra cursiva? A questão, que divide educadores e semeia insegurança entre pais, está --ao lado da pergunta sobre o ensino da tabuada-- entre as mais ouvidas pela consultora em educação e pesquisadora em neurociência Elvira Souza Lima. A resposta, porém, não é trivial.

Quem tem letra feia pode ter de trocar a de mão pela de forma

Quatro ou cinco décadas atrás, a dúvida seria inconcebível. Escrever à mão era só em cursiva e, para garantir que a letra fosse legível, os alunos eram obrigados desde cedo a passar horas e horas debruçados sobre os cadernos de caligrafia.
Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem
A profesora Silvana D'Ambrosio, do colégio Sion, na cidade de São Paulo, ajuda o aluno Mateus Yoona fazer letra cursiva
A profesora Silvana D'Ambrosio, do colégio Sion, na cidade de São Paulo, ajuda o aluno Mateus Yoona fazer letra cursiva
Veio, contudo, a pedagogia moderna, em grande parte inspirada no construtivismo de Piaget, e as coisas começaram a mudar. O que importava era que o aluno descobrisse por si próprio os caminhos para a alfabetização e a escrita proficiente. Primeiro os professores deixaram de cobrar aquele desenho perfeito. Alguns até toleravam que o aluno levantasse o lápis no meio do traçado. Depois os cadernos de caligrafia foram caindo em desuso até quase desaparecer.

O segundo golpe contra a cursiva veio na forma de tecnologia. A disseminação dos computadores contribuiu para que a letra de imprensa, já preponderante, avançasse ainda mais. Manuscrever foi-se tornando um ato cada vez mais raro.

No que parece ser o mais perto de um consenso a que é possível chegar, hoje a maior parte das escolas do Brasil inicia o processo de alfabetização usando apenas a letra de forma, também chamada de bastão.

Tal preferência, como explica Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação da UFMG, tem razões de desenvolvimento cognitivo, linguístico: "No momento em que a criança está descobrindo as letras e suas correspondências com fonemas, é importante que cada letra mantenha sua individualidade, o que não acontece com a escrita "emendada' que é a cursiva; daí o uso exclusivo da letra de imprensa, cujos traços são mais fáceis para a criança grafar, na fase em que ainda está desenvolvendo suas habilidades motoras".

O que os críticos da cursiva se perguntam é: se essa tipologia é cada vez menos usada e exige um boa dose de esforço para ser assimilada, por que perder tempo com ela? Por que não ensinar as crianças apenas a reconhecê-la e deixar que escrevam como preferirem? Essa é a posição do linguista Carlos Alberto Faraco, da Universidade Federal do Paraná, para quem a cursiva se mantém "por pura tradição". "E você sabe que a escola é cheia de mil regras sem qualquer sentido", acrescenta.

A pedagoga Juliana Storino, que coordena um bem-sucedido programa de alfabetização em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, é ainda mais radical: "Acho que ela [a cursiva] é uma das responsáveis pelo analfabetismo em nosso país. As crianças além de decodificar o código da língua escrita (relação fonema/ grafema) têm também de desenvolver habilidades motoras específicas para "bordar' as letras. O tempo perdido tanto pelo aluno, como pelo professor com essa prática, aliada ao cansaço muscular, desmotivam o aluno a aprender a ler e muitas vezes emperram o processo".

Esse diagnóstico, entretanto, está longe de unânime. O educador João Batista Oliveira, especialista em alfabetização, diz que a prática da caligrafia é importante para tornar a escrita mais fluente, o que é essencial para o aluno escrever "em tempo real" e, assim, acompanhar a escola. E por que letra cursiva? "Jabuti não sobe em árvore: é a forma que a humanidade encontrou, ao longo do tempo, de aperfeiçoar essa arte", diz.

Magda Soares acrescenta que a demanda pela cursiva frequentemente parte das próprias crianças, que se mostram ansiosas para começar a escrever com esse tipo de letra. "Penso que isso se deve ao fato de que veem os adultos escrevendo com letra cursiva, nos usos quotidianos, e não com letras de imprensa".

Para Elvira Souza Lima, que prefere não tomar partido na controvérsia, "os processos de desenvolvimento na infância criam a possibilidade da escrita cursiva". A pesquisadora explica que crianças desenhando formas geométricas, curvas e ângulos são um sério candidato a universal humano. Recrutar essa predisposição inata para ensinar a cursiva não constitui, na maioria dos casos, um problema. Trata-se antes de uma opção pedagógica e cultural.

Souza Lima, entretanto, lança dois alertas. O tempo dedicado a tarefas complementares como a cópia de textos e exercícios de caligrafia não deve exceder 15% da carga horária. No Brasil, frequentemente, elas ocupam bem mais do que isso.

Ainda mais importante, não se deve antecipar o processo de ensino da escrita. Se se exigir da criança que comece a escrever antes de ela ter a maturidade cognitiva e motora necessárias (que costumam surgir em torno dos sete anos) o resultado tende a ser frustração, o que pode comprometer o sucesso escolar no futuro.

O que a ciência tem a dizer sobre isso? Embora o processo de alfabetização venha recebendo grande atenção da neurociência, estudos sobre a escrita são bem mais raros, de modo que não há evidências suficientes seja para decretar a morte da cursiva, seja para clamar por sua sobrevida.

Há neurocientistas, como o canadense Norman Doidge, que sustentam que a escrita cursiva, por exigir maior esforço de integração entre áreas simbólicas e motoras do cérebro, é mais eficiente do que a letra de forma para ajudar a criança a adquirir fluência.

Outra corrente de pesquisadores, entretanto, afirma que, se a cursiva desaparecer, as habilidades cognitivas específicas serão substituídas por novas, sem maiores traumas.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u736314.shtml

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Resenha: LIMA, Elvira Souza. Quando a criança não aprende a ler e a escrever. São Paulo: Sobradinho, 2003, 32p.

Elvira Souza Lima é pesquisadora e conceituada conferencista na área de desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música. Trabalha com pesquisa aplicada às áreas de educação, mídia e cultura. Tem várias publicações, entre elas "A criança pequena e suas linguagens", “Desenvolvimento e aprendizagem na escola”, “Ciclos de formação”, “Avaliação na escola”, "Práticas culturais e aprendizagem", "Brincar para quê?" e outras.

A obra “Quando a criança não aprende a ler e a escrever” é uma leitura recomendada para professores de Educação Infantil, alfabetizadores, professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, professores do curso de Formação de Docentes em nível médio e Curso de Pedagogia.

A autora apresenta de modo resumido aspectos básicos que devem ser levados em consideração ao se avaliar por que a criança em fase de alfabetização não está apresentando resultados satisfatórios na aquisição da leitura e da escrita.

Lima inicia o texto destacando a escrita como uma produção cultural, cujo ensino requer uma organização sistematizada e intencional. Denuncia que muitas vezes a criança não aprende (apresenta dificuldades no processo de leitura e escrita) devido à metodologia de ensino ser inadequada aos seus processos de desenvolvimento e não considerar a escrita como um sistema estruturado. Para Lima, p. 5 “Toda criança pode aprender a ler e a escrever, mas não em qualquer situação”. Segundo a pesquisadora, para a compreensão da não aprendizagem do alfabetizando, o ponto de partida é uma avaliação que contemple todos os fatores envolvidos no processo dessas habilidades. Devem-se averiguar as aquisições já concretizadas, as que estão em processo e as que devem ocorrer em seguida. Essa ação deve propiciar um momento de reflexão para que o alfabetizador possa reorganizar sua prática. O planejamento deve ser consistente, evitando-se: palavras soltas, descontinuidade entre as atividades, desconsideração do desenvolvimento léxico dos alfabetizandos e não levar em conta os processos da imaginação do aluno para atribuir significação às palavras, imagens, que permitam a elaboração de uma frase, um texto. O ensino da leitura e da escrita deve ser elaborado de acordo com a experiência cultural da criança. Adverte que uma das funções da Educação Infantil deve ser aproximar as crianças do material escrito. Para a autora, muitas crianças que não aprendem a escrever têm dificuldade porque não tiveram o devido tempo para se apropriarem dos instrumentos de escrita ou porque foram forçadas a escreverem com quatro ou cinco anos. Pela ênfase colocada na produção da escrita no papel, muitas dessas crianças chegam até o final das séries iniciais escrevendo com dificuldade. Apresentam traçados irregulares e imprecisos, problema de segmentação, troca de letras e outros problemas de escrita.

O texto destaca ainda a importância da percepção de cada letra do alfabeto, pela criança, como ponto de partida para compreensão da escrita. Neste aspecto é necessária uma intervenção adequada pelo professor alfabetizador para que ela perceba as características de cada letra, reconhecendo todo o alfabeto. Apenas visualizar escritos expostos na sala de aula é insuficiente para que o aluno consiga escrever.

O último ponto levantado pela autora é a relação da experiência emocional da criança com o aprendizado da leitura e da escrita. A história de fracasso vivida pela criança ou pelo adulto nessa aquisição é muito negativa para sua afirmação pessoal. Por isso, alerta que a escola deve acolher o aluno de classe popular que chega até ela para se alfabetizar, pois são os alunos de menor poder aquisitivo que engrossam a fila dos reprovados.

Consideramos essa obra uma leitura da maior importância para todos os que precisam e querem entender o porquê das dificuldades encontradas pela criança ou pelo adulto no processo de aquisição da escrita. Uma reflexão, sobre os pontos levantados pela autora neste texto, pelos professores alfabetizadores, que pode muito contribuir para a melhoria do ensino da leitura e da escrita na escola, uma vez que essa reflexão sem dúvida poderá desencadear uma prática pedagógica coerente com o processo de desenvolvimento e a experiência cultural do aluno. O ensino da leitura e da escrita deve ser considerado como um processo global influenciado por diversos fatores: o próprio aluno, escrita como um legado cultural, a qualidade da mediação do professor e sua formação, a organização do espaço e tempo e a instituição escolar.

Os professores se queixam que vários alunos, mesmo chegando ao Ensino Fundamental e médio ainda apresentam sérios problemas de escrita. Sabemos que este problema se torna ainda mais grave porque a escola não está sabendo como auxiliar seus alunos a superarem os problemas nesta área, nem tem consciência de que auxiliá-los a corrigirem essas deficiências seja função não apenas do professor alfabetizador, mas também dos professores das séries posteriores à fase de alfabetização.

Autora da resenha: Profª Maria Simões de Brito

domingo, 5 de dezembro de 2010

Refletindo as práticas de alfabetização e letramento

O termo letramento surgiu quando se tornou mais evidente o problema do "analfabetismo". A falta de conhecimento sobre leitura e escrita intensificou uma preocupação maior para que se gerasse questionamentos para discutir a problemática. Logo em seguida, perceberam que não bastaria apenas ler e escrever, mas usar esses conhecimentos adequadamente de maneira interpretativa.

Sabemos que há muita política envolvida na educação e esta vê o analfabetismo apenas como meros números e gráficos comparados gradualmente. Verdade seja dita: na maioria das vezes, se um cidadão "aprende" a escrever o nome, já não é mais considerado um analfabeto. Mas se pedirmos para o mesmo ler um texto e explicar o que leu, provavelmente não o fará, pois sabe até "decodificar" as letras e palavras, porém, não sabe interpretá-las.

O grande problema do Brasil é justamente de apenas se preocupar com os números de analfabetos, o que traz complicações para a imagem do País e cobranças de entidades estrangeiras que "lutam" pelos direitos humanos. Mais importante do que ensinarmos nossos alunos a ler e escrever é darmos subsídios para que estes compreendam a Língua como um todo - gramaticalmente, coloquialmente e colocando em prática nos diálogos do cotidiano. O oposto acontece em países de primeiro mundo como nos Estados Unidos, França e Inglaterra, onde o ensino fundamental é obrigatório (e com duração maior que o nosso - 10 anos nos Estados Unidos e na França, 11 anos na Inglaterra).

O letramento, em linhas gerais, pode ser definido "como condição de quem não sabe apenas ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita". (SOARES, 1998 apud SIMONETTI, p. 21).

sábado, 16 de outubro de 2010

Teorias de Vygotsky e seus reflexos em sala de aula


Por: Teresa Cristina Rego

Vygotsky defende a idéia de que a criança não é um adulto em miniatura,sendo assim todo sistema mental da criança age de formas diferentes, rementendo o professor a entender o aluno como ele é e nao da forma que nós vemos o mundo.

A formação docente deve ser de extrema importãncia para o estudo das diferentes abordagens sobre as teorias do desenvolvimento para que o processo de ensino-aprendizagem venha a responder ás necessidades do aluno/criança.

O pensamento do individuo, implica não só em mudanças de quantidade, mas de qualidade e a relação entre esse individuo e a sociedade é que determina o seu desenvolvimento.

Diante das teorias de Vygotsky, nós professores, devemos nos perguntar quais são os tipos de ambientes de aprendizagem são os mais adequados á favorecer o desenvolvimento da criança.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A SÍNDROME DE BURNOUT E O TRABALHO DOCENTE

Por Mary Sandra Carlotto*

RESUMO. Este trabalho busca, a partir da literatura, apresentar a Síndrome de Burnout sob a perspectiva social-psicológica de Christina Maslach. Expõe os principais modelos explicativos de burnout em professores e, fundamentado em estudos recentes, identifica suas principais causas e conseqüências para os profissionais e para as instituições de ensino.

Palavras-chaves: Síndrome de Burnout, professores, educação.

* Psicóloga, doutoranda em Psicologia Social pela Universidade de Santiago de Compostela e professora no Departamento de

Psicologia da ULBRA. Endereço para correspondência: Av. Mauá, 645/504, 93110-320, São Leopoldo, RS. E-mail: mscarlotto@terra.com.br

A importância dos jogos nas series iniciais

Vejam a introdução deste artigo sobre a importância dos jogos nas series iniciais. Caso haja interesse em lê-lo completamente, acesse o link texto no final desta introdução.

INTRODUÇÃO

A elaboração deste trabalho consiste em adquirir novos conhecimentos em como trabalhar os jogos didáticos nas series iniciais.
O objetivo principal é apresentar aos professores, e a quem possa se interessar os principais conceitos, teorias e práticas do desenvolvimento humano através dos jogos.
No primeiro capitulo buscamos a história dos jogos olímpicos, suas mudanças, objetivos e competições onde “Pierre Coubertin” insiste que o esporte e o exercício físico tem papel essencial na formação do caráter do ser humano.
No segundo capitulo falaremos sobre quanto os jogos didáticos poderão contribuir para uma atividade inerente ao ser humano e abordamos o jogo como uma fonte de melhoramento nas participações dos alunos nas salas de aula.
Mostraremos ainda a importância do conviver em grupo onde o aluno estará partilhando seus conhecimentos prévios e os adquiridos com os demais colegas de classe.
O terceiro capítulo mostrará o quanto o brincar é importante para a criança e o quanto é mais rentável para nos educadores o ensinar brincando, pois é essencial para nós o trabalho de resgatar as brincadeiras e os jogos tradicionais; também poderemos observar as reações do aluno ao experimentar uma brincadeira nova ou representar seu papel de construtor ao construir um brinquedo ou uma brincadeira nova.
Ainda neste capítulo falaremos sobre o papel do professor em relação ao desenvolvimento do aluno.
No quarto capítulo comentaremos sobre a influência dos jogos e a importância de se ter incluído a disciplina, “jogos e recreações” nos currículos escolares.
Também comentaremos sobre o quanto o jogo é importante para a aquisição das habilidades motoras e na socialização do indivíduo ao grupo social em que ele vive.
Também apresentaremos alguns modelos de jogos que trabalhados em sala de aula renderão ótimos resultados no ensino-aprendizagem de nossos alunos. Vide anexo.
Esperamos assim estar contribuindo para uma prática em que o entendimento, e o respeito sobreponham aos padrões convencionais e que a graduação do conhecimento seja um processo contínuo e ativo na vida do ser humano.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BULLYING - A BRINCADEIRA QUE NÃO TEM GRAÇA


Por Diogo Dreyer


Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

sábado, 28 de agosto de 2010

Um recurso mnemônico

A ESCRITA COMO RECURSO MNEMÔNICO NAFASE INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO ESCOLAR: UMA ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL


CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO *
SÉRGIO ANTÔNIO DA SILVA LEITE **


RESUMO: Com base na concepção de que a linguagem escrita é um sistema de signos que serve como apoio às funções intelectuais, o artigo apresenta os resultados da pesquisa cuja finalidade foi investigar os processos que se constituem nas crianças, na fase inicial de alfabetização escolar, ao serem incentivadas a usar a escrita como recurso mnemônico. A partir das atividades de registro dos textos, elaborados oralmente pelas crianças, conclui que o surgimento de grafias indiferenciadas propiciadas pela presença, nos textos, de quantidades, palavras que se repetiam e palavras cuja grafia as crianças dominavam, possibilitou que os alunos estabelecessem uma relação funcional com a escrita e, portanto, a usasse como recurso mnemônico.

Palavras-chave: Alfabetização. Escrita. Recurso mnemônico.

* Professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail: cmmg@power.ufscar.br
** Membro do Grupo de Pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita (Alle), da Faculdade de Educação da Unicamp. E-mail: saleite@uol.com.br


Veja este artigo na íntegra em:

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A leitura e a escrita antes dos sete anos

Crianças menores de sete anos, aprendizagem da linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos.


Por Mônica Correia Baptista*

A discussão acerca do ensino e da aprendizagem da leitura e da escrita  antes dos sete anos tem merecido a atenção de educadores e estudiosos da área, em diferentes contextos da  história da educação brasileira. Sobretudo nas últimas décadas do século XX, com a divulgação da psicogênese da língua escrita (FERREIRO E TEBEROSKY, 1985), muito se discutiu sobre esse tema.

Nos últimos anos, um novo impulso foi dado ao debate, estimulado pela antecipação da escolarização obrigatória, concretizada com a entrada das crianças de seis anos no Ensino Fundamental. Ao se discutirem os conteúdos e as intervenções pedagógicas adequados tanto às crianças que passaram a integrar o Ensino Fundamental, quanto àquelas que continuaram na Educação Infantil, tem-se problematizado a adequação ou inadequação de se trabalhar a aquisição da língua escrita nesse período da educação da infância.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O professor da educação básica e seus saberes profissionais*

* Resenha do livro de Cecília Maria Ferreira Borges, O professor da educação básica e seus saberes profissionais (Araraquara: JM Editora, 2004. 320p).


Por José Ângelo Gariglio

Doutor em Educação Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) e professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). E-mail: angelogariglio@hotmail.com

O tema referente aos processos de constituição dos saberes da base profissional dos professores é alvo crescente de estudos produzidos no âmbito das ciências da educação.

Esses estudos objetivam investigar a complexidade do trabalho docente, a fim de identificar e decodificar conhecimentos e habilidades profissionais que demarcariam a especificidade do ofício docente.

Mais do que isso, eles partem da premissa de que os professores militantes na educação básica possuem saberes de caráter sui generis, dotados de grande complexidade.

São saberes que precisam ser desmistificados aos olhos dos próprios profissionais, da universidade e da sociedade em geral.

A desocultação desses saberes pelas pesquisas teria a capacidade de desencadear uma corrente mobilizadora, capaz de oferecer a esses profissionais e aos conhecimentos por eles laborados um outro status social.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lúdico na alfabetização

A Importância do Lúdico na Alfabetização Infantil


Por Jiane Martins Soares

RESUMO

Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições do lúdico no trabalho com a alfabetização sob a luz da psicologia educacional. A relevância do lúdico no desenvolvimento da criança tem sido demonstrada por inúmeros autores que atestam a sua importância já que proporciona muitas maneiras de levar a criança a aprender de forma motivada e significativa. Tendo como base uma pesquisa bibliográfica, onde autores como: Piaget (1978), Vygotsky (1984) e Antunes (1998) entre outros que apresentam estudos importantes sobre esta temática, este trabalho proporciona uma leitura significativa sobre a utilização dos jogos na educação. Em seu teor é possível fazer uma breve caminhada histórica sobre a inclusão do jogo no campo educacional, além de saber sobre algumas contribuições científicas deste recurso imprescindível no campo da alfabetização. Os resultados evidenciam o jogo e a brincadeira, pois fazem parte do processo de formação do ser humano, e, portanto, não podem ser excluídos como instrumentos didáticos no campo escolar, principalmente no período de alfabetização. Enfatiza também a necessidade do professor ter competência para utilizar o jogo, onde o planejamento e a base teórica não podem faltar ao utilizar o lúdico como recurso de ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Lúdico. Alfabetização. Educação. Aprendizagem.

sábado, 26 de junho de 2010


Cláudia Maria Mendes Gontijo*
Sérgio Antônio da Silva Leite**

RESUMO: Com base na concepção de que a linguagem escrita é um sistema de signos que serve como apoio às funções intelectuais, o artigo apresenta os resultados da pesquisa cuja finalidade foi investigar os processos que se constituem nas crianças, na fase inicial de alfabetização escolar, ao serem incentivadas a usar a escrita como recurso mnemônico. A partir das atividades de registro dos textos, elaborados oralmente pelas crianças, conclui que o surgimento de grafias indiferenciadas propiciadas pela presença, nos textos, de quantidades, palavras que se repetiam e palavras cuja grafia as crianças dominavam, possibilitou que os alunos estabelecessem uma relação funcional com a escrita e, portanto, a usasse como recurso mnemônico.
* Professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). E-mail: cmmg@power.ufscar.br
** Membro do Grupo de Pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita (Alle), da Faculdade de Educação da Unicamp. E-mail: saleite@uol.com.br

Palavras-chave: Alfabetização, Escrita, Recurso mnemônico.
Acesse o texto completo no link abaixo:


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escola: Espaço para o desenvolvimento da linguagem da criança

A linguagem na vida da criança


Por: Fabricia Pereira Teles - UFPI

RESUMO:

O presente artigo foi produzido a partir de fontes bibliográficas, as quais nos forneceram subsídios para uma discussão sobre o papel da linguagem verbal no processo de desenvolvimento das funções psicológicas da criança. Nesse sentido, partimos da análise do processo evolutivo da mente da criança, tendo como aporte teórico o pensamento vigotskiano. Assim, iniciamos o texto apresentando a gênese dos conceitos infantis, situando à escola como local indispensável para a sistematização desses conceitos. Desse modo, ao fazermos as considerações finais, enfocamos que a comunicação propicia o desenvolvimento intelectual da criança, cujo espaço escolar é o ambiente mais adequado para o seu crescimento cognitivo.

Palavras-chave: Criança. Escola. Conceitos. Desenvolvimento psicológico.

Introdução

A criança desde o momento do seu nascimento é envolvida por um universo de linguagens, dentre as quais está fundamentalmente a linguagem verbal. Essa questão pode ser verificada a partir de palavras usadas a princípio com o objetivo de mostrar o sentimento de carinho sentido pela mãe, pai, tias, avós, e por todos aqueles que usam as palavras para se comunicar com a criança.

Envolvida nesse ambiente de falantes, a criança logo procura recursos que a façam ser também compreendida pelos seus interlocutores. Segundo Vigotski (2000) a comunicação representa a função primordial da fala, o que nos leva a acreditar em pesquisas que apontam crianças com poucos meses de nascimento já sentirem a necessidade de fazerem uso de recursos comunicativos. Portanto, ao passo que a criança vai conseguindo emitir sons, cada vez mais, é bombardeada de estímulos sonoros, no caso, a fala das pessoas que a cerca, impulsionando-a a repetir as palavras ouvidas e conseguindo fazer uso da fala, aos poucos a criança vai utilizar as palavras como instrumento para a comunicação.

sábado, 1 de maio de 2010

Perspectiva Histórico-cultural

CONTRIBUIÇÕES DA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO


Por Maria Simões de Brito

A teoria formulada por Vygotsky (1989) e seus seguidores, sobre o desempenho do psiquismo humano, orientada pelos princípios da teoria histórico-cultural, tem trazido uma valiosa contribuição às pesquisas referentes ao processo de aquisição da linguagem escrita e à aquisição do conhecimento de um modo geral. Usando as palavras de Vygotsky (1989, p. 74): “Estudar alguma coisa historicamente, significa estudá-lo no processo de mudança; esse é o requisito básico do método dialético”.

Esses teóricos classificam o homem como um ser histórico e cultural, que se diferencia dos outros animais por suas capacidades psicológicas superiores. Essas funções são caracterizadas pelo exercício da percepção, atenção e memória. Essas funções não se encontram “superpostas”, são “plásticas e adaptativas no desenvolvimento da criança, está relacionado com suas experiências sociais”. Vygotsky (1989, p. 74) afirma que elas representam “um processo extremamente pessoal e, ao mesmo tempo, um processo profundamente social”.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Como trabalhar um texto

1. JUSIFICATIVA

Os professores deverão apresentar as razões que motivaram a escolha do texto a ser trabalhado.

2. OBJETIVOS:

Comentar com as crianças qual objetivo do trabalho com o texto. Ex:
• O que se espera com os estudos do texto;
• Que sejam capazes de identificar as idéias principais;
• Enriqueçam as idéias sobre os assuntos;
• Dramatizem o texto;
• Identifiquem pormenores, relacionando-os com a idéia principal;
• Outros, conforme necessidade da turma.

3. MOTIVAÇÃO

Momento em que a professora utiliza um recurso para despertar o interesse para o assunto a ser estudado. Para isso, a professora pode partir de questionários, conversas, observações , comentários,... Que estejam relacionados com o assunto. Por exemplo:• Reflexões sobre a própria vida, relacionadas com o texto;

domingo, 25 de abril de 2010

A importância da criança ouvir histórias contadas pelo adulto

Logo abaixo postei um texto de Fanny Abramovich e a biografia que ela redigiu.

POR UMA ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS
Fanny Abramovich

Ah, como é importante na formação de qualquer criança ouvir muitas histórias... Escutar histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é ter todo um caminho de descobertas e de compreensão do mundo, absolutamente infinito...

O primeiro contato da criança com um texto é feito, em geral, oralmente. É pela voz da mãe e do pai, contando contos de fada, trechos da Bíblia, histórias inventadas tendo a gente como personagem, narrativas de quando eles eram crianças e tanta, tanta coisa mais... Contadas durante o dia, numa tarde de chuva ou à noite, antes de dormir, preparando para o sono gostoso e reparador , embalado por uma voz amada... É poder rir, sorrir, gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a idéia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de gozação.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

PIAGET E VYGOTSKY

Diferenças e semelhanças
Por Renata Gonçalves


Do que foi visto, é possível afirmar que tanto Piaget como Vygotsky concebem a criança como um ser ativo, atento, que constantemente cria hipóteses sobre o seu ambiente. Há, no entanto, grandes diferenças na maneira de conceber o processo de desenvolvimento. As principais delas, em resumo, são as seguintes:

Tese de Análise de Leitura e Escrita

Vejam a Dissertação: Teste de análise de leitura e escrita – tale Tradução, adaptação e validação, de autoria da mestranda Salete Santos Anderle, apresentada ao Mestrado em Psicopedagogia do Programa de Pós-Graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Psicopedagogia, sob a Orientador: Prof. Dr. Francisco Rosa Neto,
em: http://br.monografias.com/trabalhos/analise-leitura/analise-leitura.shtml

RESUMO

A presente dissertação denominada como Teste de Análise de Leitura e Escrita - TALE traz a professores e especialistas interessados no sucesso das aquisições de aprendizagem da leitura e escrita o desenvolvimento de um estudo/pesquisa que teve como objetivo a tradução, adaptação, aplicação e validação de um teste padronizado – TALE - já existente e utilizado como instrumento normativo na Espanha, sendo seus autores Josep Toro Cervera Cervera (1990), da Universidade de Barcelona – Espanha. A inexistência de instrumentos normativos que permitem o profissional de saúde escolar verificar as características evolutiva da leitura e escrita foi o que motivou este estudo. Este instrumento permite traçar o perfil das aquisições esperadas em leitura e escrita, bem como, seus indicadores positivos. Este instrumento traduzido e adaptado à realidade brasileira foi aplicado com o rigor científico, numa amostra de 101 crianças matriculadas no ensino fundamental de escolas públicas, constituindo-se numa pesquisa aplicada de ação participante, descritiva/exploratória de caráter quantitativo e qualitativo. Para tabulação, elaboração e descrição dos dados foi utilizado o programa EPI-Info 6.0. Os resultados demonstraram que o uso do TALE favoreceu a identificação dos níveis atingidos em leitura e escrita nos quatro níveis, bem como a identificação dos focos de dificuldades, estes significativos para o educador criar novos recursos técnicos metodológicos. Com os resultados verificou-se que nos quatro níveis as crianças atingiram índices preocupantes na aquisição de leitura e escrita, que serão vistos em estudos futuros. Neste estudo levou-se em conta o uso e validade do instrumento TALE.
Palavras-chave: Estudo. Teste. Adaptação. Validação. Instrumento. Perfil de níveis de leitura e escrita. Profissionais da saúde escolar.

Fonte: http://br.monografias.com/trabalhos/analise-leitura/analise-leitura.shtml