O termo letramento surgiu quando se tornou mais evidente o problema do "analfabetismo". A falta de conhecimento sobre leitura e escrita intensificou uma preocupação maior para que se gerasse questionamentos para discutir a problemática. Logo em seguida, perceberam que não bastaria apenas ler e escrever, mas usar esses conhecimentos adequadamente de maneira interpretativa.
Sabemos que há muita política envolvida na educação e esta vê o analfabetismo apenas como meros números e gráficos comparados gradualmente. Verdade seja dita: na maioria das vezes, se um cidadão "aprende" a escrever o nome, já não é mais considerado um analfabeto. Mas se pedirmos para o mesmo ler um texto e explicar o que leu, provavelmente não o fará, pois sabe até "decodificar" as letras e palavras, porém, não sabe interpretá-las.
O grande problema do Brasil é justamente de apenas se preocupar com os números de analfabetos, o que traz complicações para a imagem do País e cobranças de entidades estrangeiras que "lutam" pelos direitos humanos. Mais importante do que ensinarmos nossos alunos a ler e escrever é darmos subsídios para que estes compreendam a Língua como um todo - gramaticalmente, coloquialmente e colocando em prática nos diálogos do cotidiano. O oposto acontece em países de primeiro mundo como nos Estados Unidos, França e Inglaterra, onde o ensino fundamental é obrigatório (e com duração maior que o nosso - 10 anos nos Estados Unidos e na França, 11 anos na Inglaterra).
O letramento, em linhas gerais, pode ser definido "como condição de quem não sabe apenas ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita". (SOARES, 1998 apud SIMONETTI, p. 21).
domingo, 5 de dezembro de 2010
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